quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Sexo frágil ou sexo forte?


Desde criança ouço as pessoas dizerem que as mulheres são consideras o sexo frágil. Bem, baseando-se na força física, aquela de abrir potes e levantar coisas pesadas, acho que o ditado popular está certo.
Mas com o passar do tempo, passei a observar fatos corriqueiros na minha própria família:
- Minha avó além de preparar o almoço, servia o meu avô enquanto ele permanecia sentado como se ela fosse uma garçonete.
- Minha mãe sempre trabalhou fora. Na noite anterior ela deixava a comida do dia seguinte pronta para mim e para o meu irmão que éramos pequenos , limpava a casa que normalmente se encontrava um pouco suja, e ainda nos contava histórias antes de dormirmos.
Aí, com o tempo, vieram os questionamentos:
“Por que minha mãe faz tudo e nunca reclama?”
“Por que meu avô não se levante e coloca a própria comida no prato?”
“Por que as mulheres trabalham fora, como os homens, e ainda fazem todo o resto sem dizerem que estão cansadas?”
Claro que quando eu perguntava essas coisas para as mulheres citadas acima, elas desconversavam e diziam que era porque isso tudo é serviço de mulher porque os homens não sabiam fazer isso.
Talvez seja porque as mulheres realmente não encarem tudo isso como um desafio ou uma obrigação. É algo natural. Mas aí surgiam mais perguntas:
“Mas o sexo considerado forte só serve para trabalhar?”
“O sexo forte é desprovido de consciência?”
“O sexo forte se cansa assim tão fácil?”
Fui muito mal interpretada, inclusive pelas mulheres, quando eu fazia esses tipos de perguntas, então comecei a perceber que as mulheres (algumas), inconscientemente acham que devem cuidar dos seus homens como se eles fossem bebês. E o pior, alguns deixam serem tratados de tal maneira.
Dizem que as mulheres possuem instinto maternal e tudo mais, mas não concordo com isso. Acho que as mulheres se importam demais com tudo e com todos, com o bem estar dos que as cercam e muitas vezes se esquecem delas mesmas. Deixam-se serem mal tratadas e humilhadas pelos “seus” homens, muitas apanham, são traídas, e aí? Perdoam, sempre perdoam. Algo muito nobre, mas que gera algumas consequências para as próximas mulheres que terão relacionamentos com os homens que elas tanto amaram.
Quero deixar bem claro que amo os homens. Já conheci e conheço homens muitos bons e gentis, inclusive meu avô que gostava de ser servido pela minha avó. Homens que não se encaixam no estereótipo do machão que quer uma esposa para massagear seus pés e lavar suas cuecas. Se eu fosse homem teria vergonha de deixar minha mulher lavar minhas cuecas. Deve ser uma sensação de impotência.
Mas resumindo, no fundo, não culpo os homens ignorantes e machistas que veem as mulheres como bonecas infláveis, ou só nos veem como peitos e bundas ambulantes.  
Creio que para uma convivência harmoniosa, entre qualquer espécie que seja, deve haver primeiramente o amor próprio, pois se amarmos a nós mesmos, ninguém se sentirá no direito de nos maltratar.


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