Quem nunca comparou o rock e suas vertentes com o sexo
masculino? Todo aquele testosterona do punk, suor e palavrões, bebidas, drogas
e claro, as groupies. O mais perto do cenário musical que uma mulher chegava,
era transando com os músicos, afinal não éramos levadas a sério. Em que planeta
seria possível uma mulher subir no palco com uma guitarra?
Riot grrrl é um movimento feminista que começou no começo
dos anos 90, mais especificamente em 1985, quando Courtney Love, mais conhecida
coma a viúva assassina de Kurt Cobain, conheceu Kat Bjelland, e
perceberam que tinham algo em comum: música. Decidiram então montar uma banda
só com garotas, o que para a época era algo novo, e assim nasceu o Sugar Baby
Doll.
Daí pra frente foi só alegria para nós garotas, cansadas
do rock machista e de homens achando que caíamos aos seus pés porque eles
podiam subir num palco e tocar alguns acordes. Homens e sua autoconfiança em
excesso.
Eu não vivi naquela época obviamente, mas eu tenho a
impressão de que muitas das groupies que seguiam os músicos para transar com
eles e depois usar drogas de graça, na verdade os estavam espionando.
Eu acho muito fácil você se achar e ser bom em algo que
te dão de mãos beijadas, por exemplo ser o editor chefe de uma revista famosa
sendo que você é o filho do dono e já
nasceu com esse cargo. Ou você fazer parte da maior banda do planeta graças a
um visionário que te usa como uma marionete para ganhar dinheiro.
Rock ´n roll mesmo é quebrar barreiras, é dar o primeiro
passo para que outros que pensam como você também façam o mesmo. Eu admiro
muito essas garotas e toda a rebeldia que elas exalavam. Elas não fizeram
sucesso pois não tiveram um super empresário ambicioso as querendo moldar para
serem um modelo a ser seguido por uma determinada geração. Mesmo porque
imaginem o que seria do mundo se todas as mulheres as tivessem seguido como
exemplos. Teria sido um pesadelo para o macho alfa.
É uma pena que a mídia tenha banido (ou proibido) bandas de garotas que toquem
instrumentos e cantem realmente, em vez de ficarem dançando enquanto uma voz computadorizada sai pelo
microfone.
Há muito mais para se falar sobre as mulheres na música,
mas por enquanto é o que basta.