quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Riot Grrrl e mulheres na música


    Quem nunca comparou o rock e suas vertentes com o sexo masculino? Todo aquele testosterona do punk, suor e palavrões, bebidas, drogas e claro, as groupies. O mais perto do cenário musical que uma mulher chegava, era transando com os músicos, afinal não éramos levadas a sério. Em que planeta seria possível uma mulher subir no palco com uma guitarra?
    Riot grrrl é um movimento feminista que começou no começo dos anos 90, mais especificamente em 1985, quando Courtney Love, mais conhecida coma a viúva assassina de Kurt Cobain, conheceu  Kat Bjelland, e perceberam que tinham algo em comum: música.     Decidiram então montar uma banda só com garotas, o que para a época era algo novo, e assim nasceu o Sugar Baby Doll.
    Daí pra frente foi só alegria para nós garotas, cansadas do rock machista e de homens achando que caíamos aos seus pés porque eles podiam subir num palco e tocar alguns acordes. Homens e sua autoconfiança em excesso.
    Eu não vivi naquela época obviamente, mas eu tenho a impressão de que muitas das groupies que seguiam os músicos para transar com eles e depois usar drogas de graça, na verdade os estavam espionando.
    Eu acho muito fácil você se achar e ser bom em algo que te dão de mãos beijadas, por exemplo ser o editor chefe de uma revista famosa sendo que você é o filho do dono e  já nasceu com esse cargo. Ou você fazer parte da maior banda do planeta graças a um visionário que te usa como uma marionete para ganhar dinheiro.
    Rock ´n roll mesmo é quebrar barreiras, é dar o primeiro passo para que outros que pensam como você também façam o mesmo. Eu admiro muito essas garotas e toda a rebeldia que elas exalavam. Elas não fizeram sucesso pois não tiveram um super empresário ambicioso as querendo moldar para serem um modelo a ser seguido por uma determinada geração. Mesmo porque imaginem o que seria do mundo se todas as mulheres as tivessem seguido como exemplos. Teria sido um pesadelo para o macho alfa.
    É uma pena que a mídia tenha banido  (ou proibido) bandas de garotas que toquem instrumentos e cantem realmente, em vez de ficarem dançando  enquanto uma voz computadorizada sai pelo microfone.
    Há muito mais para se falar sobre as mulheres na música, mas por enquanto é o que basta. 

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